sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Trabalhe a bordo!

Novo Layout










Alterei o layout do blog e as antigas postagens ficaram com pequenos erros de espaço, fiquei um tanto irritado, mas bola pra frente, o importante é mudar para melhor, sempre para o melhor.

Obrigado por visitar!

Conto "Quatro pares de mãos" 1/3

Brunna é uma mistura de tristeza e gargalhada, procura ter a certeza de que não está com depressão, é uma jovem quieta, comportada, e socialmente neutra.

Em seu primeiro dia de aula em uma nova escola, sentou num canto, continuou sozinha, no intervalo, decidiu continuar escrevendo coisas da vida, porém não ficou realmente sozinha, um rapaz também decidiu ficar na classe, sentado do outro lado da sala, ouvindo musica alta com as costas na parede de olhos fechados.

“Talvez ele também seja sozinho... Eu também gosto dessa banda! Não dá pra ver muito bem com esses óculos, mas a sua cor me atrai...”.

Quando se deu por si, já estava ao lado dele, passou dias e ela já tinha um grupo de colegas de classe, ele fazia parte do grupo, era inteligente, atencioso e engraçado.

“Que aliança é essa? Não acredito que ele tem namorada! Mas, olha... Olha essas unhas! Ele não cuida das unhas! Temos muita coisa em comum...”.

Não se sabe qual detalhe colaborou mais para desejá-lo tanto, não se sabe se por ele ser comprometido, por não cuidar das unhas, por ser tão inteligente, por sua voz de abobado ou por ter levado-a em casa.

“Ah... Seu cheiro, sua atenção, sua amizade... Era o que eu precisava.”

Após dias, durante a aula, o celular dele toca.

“Sinto ciúmes, vou quebrar o celular dele! Eu quero, eu quero e quero agora! Quer saber, não quero mais.”

Unhas Sujas não entendeu a distância de Brunna, ela era tão sorridente com todos e tão fria com ele, ele tentou entender, mas não insistiu, agora não passavam de simples colegas de classe.

“Olha essa nuca, olha esses lábios, olha essa roupa velha e amarrotada, tudo bem, não é belo, mas eu queria tanto... Espera, quem é aquele?

Conto "Quatro pares de mãos" 2/3

Um novo rapaz aparece na porta da classe.

“Não, só pode ser engano, aposto que ele não é dessa sala.”

O rapaz senta-se próximo do grupo de Brunna, e foi somente notar seus olhos claros para desencadear emoções úmidas nela.

“O que está acontecendo comigo? Quem é ele? O que é isso? Por quê?”

Ele era quieto, seco, tímido, nervoso, distante e muito, muito lindo aos olhos de Brunna.

“Sim, muito lindo, tirando seu sorriso largo demais com esse aparelho odontológico, mas, olha como suas mãos são pequenas, são lindinhas, e veja, ele rói as unhas...”.

Rói Unhas tinha dificuldade em interagir com pessoas, Brunna odiou esse detalhe, e odeia todos os hobbies que ele amava, sendo assim, o melhor método que ela encontrou foi em menosprezá-lo.

“Que música horrível é essa? Que esporte de louco é esse? Ah, esse filme é horrível, fala pra fora! Deixa de ser esquisito...”.

Mas no travesseiro...

“Me deixa navegar no oceano dos teus olhos, escalar os fios do teu cabelo, respirar o perfume do teu pescoço e esbarrar no aparelho dos teus dentes...”

Rói Unhas procurou agradar Brunna e ela amou, porém qualquer disparate de afeição, ele recuava e voltava a se esconder.

“To cansada dessa brincadeira! Eu quero, eu quero e quero agora! Quer saber, não quero mais.”

Na decida das escadarias da escola, um rapaz atreveu a desafiá-la em uma batalha de olhares, Brunna sempre era derrotada pela vergonha, dias e dias de batalha continuaram e nessa troca, deu pra analisá-lo por completo.

“O que está acontecendo? Será? Por quê? Tenho que ter certeza! Até que ele é belo...”.

Conto "Quatro pares de mãos" 3/3

A batalha era acirrada, Brunna já tinha a certeza, as batalhas se estendiam no caminho de casa, no pátio, na saída do banheiro, na entrada da escola, e principalmente na famosa escadaria.

“Sua mão é normal, suas unhas também, mas sua bunda... Que bundão!”

Unhas Normais percebeu que ela estava olhando muito e se sentiu satisfeito e um tanto orgulhoso que decidiu abandonar as batalhas e sair como vencedor.

“Não vou recuar, nem ficar esperando, vou me declarar, caramba, logo hoje ele tinha que vir com esse amigo gordo chato? Vou seguir e ver onde ele mora! Não dá, to sem fôlego, ele tinha que estar de bicicleta! Quer saber? Não quero mais!”

No dia seguinte, durante o intervalo, Unhas Normais desfila suas avantajadas nádegas pelo pátio, Brunna rasgou o bilhete em vário pedaços, mas, havia alguém novo no pedaço, um menino alto e bonito.

“Não, ele é lindo mesmo! Mas eu nunca o vi por aqui... Vou desafiá-lo.”

Sem pudor, Brunna olhou, não só olhou mais observou da cabeça aos pés, e não se intimidou, ela não ligou de notar que ele percebeu que ela estava olhando demais.

“Típico, simpático, olhos claros, corpo belo, cabelos sedosos e além de tudo, tem as mãos mais bonita da escola, e ainda tem tempo pra passar base nelas? To fora...”.

Ela não ligou de ser reconhecida como perdedora dessa batalha, passaram-se os dias e o Unhas Linhas foi tratado como mais um humano no planeta, não propositalmente, mas Brunna não se permitiu fantasia-lo mentalmente.

“Esse é perfeito, não vou mais mergulhar no edredom aos desejos alheios de uma carência momentânea... Oi? Sim... Tudo bem... Ah é? Ah é legal... Você também? Aiaiaaaaai, você é terrível!”

Unhas Lindas não permitiu ser brutalmente abusado por olhares sem saber a essência de Brunna, ela achou tudo muito bom e excitante essa postura tão determinada do Unhas Lindas.

“Opa... Não se aproxima tanto que eu posso desmaiar! Você vê meu rosto mais não sabe o que se passa na minha mente! Não é possível, logo eu? Porquê eu? E vem até a mim? Não vou ignorar, nem correr, vou dar a porção balanceada.”.

Unhas Lindas fez a sua parte da maneira mais normal possível, e também não está disposto a ser só mais um na vida de Brunna, ambos estão praticando a porção balanceada conforme a necessidade de cada um, Unhas lindas não é tão lindo assim, nem Brunna é tão feia quanto pensa, eles aproveitaram a oportunidade de dar e recebe uma atenção especial um pelo outro.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Todas as atuais noites
















Todas as atuais noites antes de deitar, eu me lembro de você
Imagino como deve ser gostoso dormir ao seu lado
Sentir o cheiro do seu pescoço, do seu cabelo
Ter você nos meus braços e sentir cãibra
Segurar risos e ouvir a sua voz baixinha

Digo “dormir” no sentido mais carinhoso possível

É... Eu durmo pensando em você
E quando acordo me sinto aliviado desse desejo
A vontade de te dizer isso some com a luz do sol
Mas, é irritantemente delicioso
A vontade de estar do seu lado

Todas as atuais noites antes de dormir