Um novo rapaz aparece na porta da classe.
“Não, só pode ser engano, aposto que ele não é dessa sala.”
O rapaz senta-se próximo do grupo de Brunna, e foi somente notar seus olhos claros para desencadear emoções úmidas nela.
“O que está acontecendo comigo? Quem é ele? O que é isso? Por quê?”
Ele era quieto, seco, tímido, nervoso, distante e muito, muito lindo aos olhos de Brunna.
“Sim, muito lindo, tirando seu sorriso largo demais com esse aparelho odontológico, mas, olha como suas mãos são pequenas, são lindinhas, e veja, ele rói as unhas...”.
Rói Unhas tinha dificuldade em interagir com pessoas, Brunna odiou esse detalhe, e odeia todos os hobbies que ele amava, sendo assim, o melhor método que ela encontrou foi em menosprezá-lo.
“Que música horrível é essa? Que esporte de louco é esse? Ah, esse filme é horrível, fala pra fora! Deixa de ser esquisito...”.
Mas no travesseiro...
“Me deixa navegar no oceano dos teus olhos, escalar os fios do teu cabelo, respirar o perfume do teu pescoço e esbarrar no aparelho dos teus dentes...”
Rói Unhas procurou agradar Brunna e ela amou, porém qualquer disparate de afeição, ele recuava e voltava a se esconder.
“To cansada dessa brincadeira! Eu quero, eu quero e quero agora! Quer saber, não quero mais.”
Na decida das escadarias da escola, um rapaz atreveu a desafiá-la em uma batalha de olhares, Brunna sempre era derrotada pela vergonha, dias e dias de batalha continuaram e nessa troca, deu pra analisá-lo por completo.
“O que está acontecendo? Será? Por quê? Tenho que ter certeza! Até que ele é belo...”.
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